Nossas Tribos... Nossos Mundos...
Nossos Caminhos... Registro Teia 2008...
Índio
As velas acesas significavam algo.
As estrelas eram suas testemunhas.
Suas diferentes raízes refletiam
seu forte desejo.
Seu olhar era o reflexo dos verdes das matas.
Comunicava-se com a natureza...
Era de tal semblante...
Os olhos viajavam...
pousando sobre as flores e os orvalhos.
Viraram sonho!
No mundo irreal das fadas e mães-d.água,
transformaram-se...
Deitava-se nas copas das árvores.
Era um índio! Filho da terra,
chamava-se Galdino.
Foi um homem.
Diferente dos da cidade.
Veio a Brasília.
À procura de paz e liberdade.
O destino, ninguém escolhe.
Sem lugar para dormir,
o jeito é virar-se como pode.
Foi então que adormeceu...no silêncio da noite.
O que lhe reservaram nessa simples madrugada!
Nada de anormal!
Era uma madrugada como as outras.
Foi então... no silêncio da noite.
A ternura se quebrava...
Um índio entrava em desgraça...
Findara a vida...
Num eco de despedida.
Por um gesto brutal,
de ida sem vinda,
um sono de onde jamais acordará!
Mais uma vítima da sociedade.
Adeus!, vítima da maldade...
Poema & Foto - Alen Guimarães